Direto de Montevidéu, onde gravou durante toda a semana, o diretor brasileiro Fernando Meirelles falou sobre o conteúdo psicológico e feminista e como escolheu o elenco a partir do nome da americana Julianne Moore (“Hannibal”) e de seu novo trabalho “Blindness – Ensaio Sobre a Cegueira”. A entrevista foi concedida ao jornal El Observador.
Meirelles falou sobre sua admiração por Moore e como ela foi a primeira escolhida para o elenco. “Sou um grande fã de Julianne e achei que ela seria perfeita para o papel. Depois escolhi o ator que faria o marido da personagem dela. Desta forma, escolhi primeiro Julianne e depois comecei a pensar no resto do elenco”, declarou. Sobre a diversidade que permeia o restante do time de atores, o diretor disse que “queria contar com pessoas bastante diferentes, então tenho aqui uma combinação muito variada que inclui latinos, orientais e negros”.
Quanto à presença de Mark Ruffalo (“De Repente 30”) e Danny Glover (“Máquina Mortífera”), Meirelles confirma que ambos “realmente são grandes atores e a cada dia, ao terminar de filmar, eu fico surpreendido”. Quando perguntado sobre as semelhanças entre “Blindness” e “Cidade de Deus”, ele dispara: “Existe componentes político e sociológico em 'Blindness', mas há também importantes componentes psicológicos e filosóficos, e acredito que também é um filme feminista”.
O filme é baseado em livro do português José Saramago e conta a história de uma estranha epidemia de cegueira branca que acomete toda uma cidade. A estréia está marcada para o próximo ano.

Nenhum comentário:
Postar um comentário